quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Carta do Superior Geral por ocasião da Celebração de 17 de fevereiro de 2012

Neste ano celebramos 186 anos desde o Papa Leão XII aprovou nossas Constituições e Regras.  Nós celebramos esta graça com grande alegria, gratidão e espírito fraterno entre nós. O fundador reconhecia nas  Constituições e Regras como aquilo  que unia os Oblatos em uma sociedade onde nós podemos ser  missionários e santos consagrados à salvação dos pobres de Deus. Isso vemos expresso no Prefácio para as CC. e RR.

No prefácio, fiquei impactado pelas seguintes dimensões da nossa vocação. Primeiro de tudo, é a expressão viva do que queimava  no coração missionário de Santo Eugênio: a urgente necessidade de evangelizar, de pregar o Evangelho e para reascender a fé. Ele veio com  novos e audaciosos métodos  para aqueles que tinham perdido sua fé ou que foram negligenciadas pelo clero da época. O jovem missionário estava empenhado em alcançar aqueles aos quais  não alcançavam as estruturas paroquiais. Ele tinha essa atenção especial  para os  que eram ignorados e aqueles cuja fé estava morrendo. Encontrar maneiras de falar em sua língua e de  reuni-los. Se encontrava com eles em seu próprio ambiente e lhes levava a  Palavra. Ele queria colocá-los em contato com a Igreja e reavivar sua fé para que chegassem a conhecer Jesus e se tornassem seus discípulos.
Capítulo de 2010, a chamada que recebemos à conversão no campo Missão nos pergunta se simplesmente estamos satisfeitos com o que estamos fazendo e se apenas cuidamos daqueles que já são crentes. Convida-nos a nos sentirmos desconfortáveis a ponto  de questionarmo-nos a nós mesmos. Estamos buscando maneiras para levar Jesus àqueles que estão perdendo suas boas noticias trabalhando com eles de forma criativa?

Como missionários, a nossa vocação não se contenta em fazer um bom trabalho pastoral com as pessoas que vêm até nós. Como Santo Eugênio, movidos pelo amor a Cristo e à Igreja, somos chamados a perceber aqueles que ainda não são atingidos  pelas estruturas de pastoral, aqueles que são marginalizados e os que sofrem pobreza em seus múltiplos aspectos. Encontrá-los e transmitir o Evangelho em sua língua para que a graça de Deus que os atraia para seu Filho e à Igreja.
Outra dimensão que aparece fortemente no Prefácio é o chamado à santidade dos missionários haveriam de ser para pregar a Boa Nova. Para realizar sua grande tarefa diante dos demais, os missionários têm que ser autênticos discípulos de Jesus Cristo e transformados pela Palavra que pregam.

O apelo à conversão é um compromisso de se entregar ao processo de transformação pela graça de Deus de uma maneira permanente e disciplinada. Ao longo de toda a vida, o Espírito vai nos modelas à verdadeira imagem e semelhança de Deus. O que significa para nós a santidade hoje? Como estamos vivendo o mandato do fundador: "Eles deverão trabalhar para ser santos”?

Nossas CC. e RR. vem guiar-nos na compreensão de nossa santidade Oblata, um caminho de vida experimentar em Jesus o Salvador. A oração individual e comunitária, a vida baseada nos sacramentos e na Palavra de Deus, uma vida de comunidade apostólica, a relação com Maria, a experiência total de nossos quatro votos  e qualidades como a generosidade, alegria, humildade, o perdão e a hospitalidade são essenciais para o nosso crescimento na santidade que aparece em  nossas CC. e RR.
Também faz parte da nossa santidade como Oblatos expressa em nosso CC. e RR. a solidariedade e a compaixão com os pobres, buscando a justiça, a capacidade de diálogo, respeito mútuo e a responsabilidade, de uma vida simples que respeita o meio ambiente.Voltamos às  nossas CC. e RR. para aprofundar esse sentimento de santidade vivida na relação com Deus, os outros e com nós mesmos e com o criação. Você tem uma cópia dela acessível?

Neste 17 de fevereiro vamos juntos pedir a graça de renovar a nossa visão missionária e nossa sede de santidade. Juntos, damos graças à Deus pela Congregação e celebremos este dia renovando nosso compromisso de sermos Missionários Oblatos de Maria Imaculada. Convido-vos a levar algum tempo juntos para compartilhar os "sinais de vida" que vemos em nossa Congregação.

Seu irmão em Cristo Oblato e Maria Imaculada,  

Pe. Louis Lougen, OMI


segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Ocupe o Rio de Janeiro: encontro de jovens católicos será o maior evento da história da cidade


Fora dos círculos da Igreja, pouca gente se deu conta de que, dentro de um ano e meio, o Rio de Janeiro terá o que promete ser o maior evento de sua história, entre 23 e 28 de julho de 2013. A cidade será o centro mundial da peregrinação de católicos, a Jornada Mundial da Juventude, que, em 2011, levou 2 milhões de pessoas a Madri. O evento vai muito além da complexidade de uma visita do papa Bento XVI. A estimativa oficial e de que o público seja equivalente ao da edição espanhola, mas como explica monsenhor Joel Portela, coordenador da jornada pela Arquidiocese do Rio, trata-se de um acontecimento que “não fecha portas”, e é possível e provável que muita gente decida participar de última hora. Tudo isso dez dias depois do encerramento da Copa das Confederações no Brasil.

Para se ter uma ideia do que esse público representa, vale a comparação: 2 milhões de pessoas é o que tradicionalmente reúne o réveillon da Praia de Copacabana, com a diferença de que há um fluxo que se concentra entre a noite de um dia e a madrugada de outro. Na jornada, os participantes ficarão reunidos em grupos espalhados pela cidade e, no ponto alto do evento, uma vigília com missa celebrada pelo papa Bento XVI, um grupo estimado em 1 milhão vai pernoitar em um grande espaço – ainda não escolhido.


Planejar a Jornada Mundial da Juventude envolve uma equação complexa. Estamos no momento trabalhando em um levantamento de áreas da cidade com capacidade para hospedagem, disponibilidade de espaço para os eventos da semana e atendimento de transporte público”, explica Portela.


Nada se compara à jornada criada por João Paulo II, o Papa dos jovens, em 1986. Para a Rio+20, que acontece em junho deste ano, são esperadas 50 mil pessoas. O Rock in Rio de 2011 recebeu, na Cidade do Rock, cerca de 700 mil pessoas por dia – com alto índice de pagantes que foram a mais de uma noite de show. A Copa do Mundo de 2014 deve levar ao Rio 412 mil estrangeiros, e 840 mil brasileiros, segundo estimativa do Ministério do Turismo. O carnaval deste ano deve atrair 850 mil turistas – 250 mil deles vindos de outros países.


Não são eventos comparáveis. A Jornada Mundial da Juventude é única em sua capilaridade. Não é centralizada, acontece em muitos pontos ao mesmo tempo, e cobre a cidade inteira. Nenhum evento jamais reuniu ou vai reunir tanta gente em lugares espalhados como a jornada. Se há alguma semelhança, é com o carnaval de rua, que também movimenta a cidade inteira. Mas sem dúvida é um evento de características únicas”, compara Duda Magalhães, diretor-geral da Dream Factory, contratada pelo Instituto JMJ – figura jurídica criada pela Arquidiocese e presidida pelo arcebispo Dom Orani Tempesta. A empresa é também a organizadora do carnaval de rua carioca e participou do Rock in Rio.


Cristo Redentor – Alguns dos acontecimentos previstos para julho de 2013 só são possíveis por tratar-se de um evento católico. E um deles promete marcar época: o Cristo Redentor deverá ficar aberto 24 horas, para evitar o risco de um peregrino vir ao Rio e não conhecer o Cristo – algo tão ou mais grave que ir a Roma e não ver o Papa. “Sabemos que a procura será grande, por estrangeiros e brasileiros. Por isso estudamos também uma limitação de tempo para as visitas”, explica monsenhor Joel Portela.

A ideia da Igreja é tentar dispersar os turistas. A arquidiocese do Rio já tem informação sobre a vinda de cerca de 8 mil franceses e 20 mil norte-americanos. A maratona católica começará em uma terça-feira e terá o encerramento do domingo. O papa chega na quarta e é a partir desse dia que começa a aterrissagem mais intensa de estrangeiros. Para não haver aglomeração, eles serão separados por nacionalidade. Escolas, paróquias e ginásios poderão servir de abrigo. Além da hospedagem, a catequese, com até mil pessoas, será feita nesses locais, reduzindo deslocamentos.

A Jornada deve atrair uma quantidade maior do que a usual de sul-americanos. No continente, só a Argentina recebeu o encontro, em 1987. Com a crise europeia, o peso dos turistas vindos do Cone Sul deverá ser maior, assim como ocorrerá no carnaval deste ano no Rio de Janeiro. Uma das regras da jornada é que ela seja realizada um ano na Europa e no outro em algum país de fora. O recorde de fieis em uma JMJ aconteceu em 1995, nas Filipinas.

Cada jornada tem características especiais próprias, mas há um roteiro relativamente consolidado. Os momentos em que todos os participantes se encontram são nos chamados atos centrais, com a presença do papa. Estão incluídos aí a abertura, a vigília, a via sacra e o encerramento. No Rio, serão conhecidos estes pontos dentro de dois meses. Enquanto isso, a Igreja atua em outras frentes como a arregimentação de voluntários – na quinta-feira foi atingida a marca de 5 mil inscritos em todo o Brasil. Em Madri, o voluntariado chegou a 28 mil pessoas.

 A ordem é para que o custo da organização não ultrapasse os limites da jornada anterior, de Madri. Ou seja, não é pertinente gastar mais do que 50 milhões de euros. Na Espanha, o peregrino pagou 160 euros para participar do esquema da JMJ. Ainda não se sabe quanto deverá ser desembolsado pelo fiel no Brasil. Uma das novidades deste ano será a tentativa de atrair jovens não católicos para o encontro. Isso começou de forma sutil em Madri, mas a expectativa é de que se amplie no Rio, onde o lema da jornada será “ide e fazei discípulos em todas as nações”. “Queremos deixar um legado humano e social”, diz monsenhor Joel Portela. Um dos projetos para o fim da JMJ é a construção de sete a 14 centros de recuperação de dependentes químicos em regiões brasileiras ainda carentes nesse tipo de tratamento. “A principal lacuna hoje é no investimento em ressocialização, com formação profissional e estudo dos dependentes”, afirma Portela.



Números de Madri

Dos católicos presentes da JMJ da Espanha, 36,4% eram estrangeiros de 189 países. Um grupo de 130.691 pessoas prolongou a estada no país. Estiveram presentes 840 bispos e cardeais no evento. A jornada injetou 354,3 milhões de euros no país, criou 4.589 empregos, sendo 2.894 em Madri.

Para organizar o megaevento, o 7º andar da arquidiocese do Rio se transformou na central da JMJ. A preparação é muito semelhante à dos grandes eventos esportivos. A cidade tem que ser escolhida entre candidatas para sediar o encontro. Após vencer a disputa, começa a preparação, que é feita pelo pontifício conselho de Roma e pelo comitê organizador local (COL) – algo próximo do que ocorre com o Comitê Olímpico Internacional (COI) e Comitê Olímpico Brasileiro (COB). Padres de Roma desembarcarão no Rio nos últimos dias de fevereiro para averiguar o andamento dos trabalhos, assim como o COI tem feito.

E, assim como nos jogos, há uma série de eventos intermediários. Na terça-feira, será anunciada a logomarca da Jornada Mundial da Juventude, em uma solenidade com 100 bispos de todo o Brasil. Na véspera, o Cristo Redentor será iluminado com as cores de 150 países esperados para partiripar do grande encontro. Depois que for apresentado o símbolo, a estátua ficará verde e amarela. Afinal, o Redentor é brasileiro.





sábado, 4 de fevereiro de 2012

Ouvir, entender e sentir o projeto de Deus na minha vida

São Paulo, 5 de Janeiro de 2012

                                                                                                                                  

Ao

Provincial Padre Rubéns Pedro Cabral, OMI e ao conselho reunido.

 A Todos, Graça e Paz!


Na condição de fiel leigo, atuante em movimentos da nossa Igreja Católica, eu Jhordan De Simone Lima, 17 anos, filho de Andréia da Silva Simone e Fábio Santos Lima, levo a essa nobre congregação dos Missionários Oblatos de Maria Imaculada o meu pedido de fazer uma experiência vocacional em sua casa de missão.

Faço parte da Paróquia Santo Eugênio de Mazenod, da Diocese de Campo Limpo, a pelo menos nove anos, onde pude conviver e sentir o carisma de Santo Eugênio, na pessoa do pobre, dos mais abandonados e desfavorecidos, pelo movimento dos vicentinos e pela pastoral da criança.

Nos últimos dois anos, participei dos encontros para discernimento vocacional, onde pude me identificar com esta congregação, ouvir, entender e sentir o projeto de Deus na minha vida, tendo consciência que todo o processo de entendimento vocacional é único e individual e, somente eu posso tomar essa decisão.

Enfim, nos muitíssimos escritos e pensamentos de Eugênio, destaco um a qual mais me chamou a atenção: “Siga a direção que Deus parece lhe indicar”, e é na meditação desta frase que hoje eu peço a família Oblata de que aceite a minha solicitação.

 Louvado Seja Nosso Senhor Jesus Cristo! E Maria Imaculada!



Cordialmente,


Jhordan De Simone Lima.

Sei que o Senhor me chama e que quero me entregar...Mas um jovem para ser OMI, seja bem-vindo!!!

São Paulo 5 de janeiro de 2012


Ao Provincial, Pe Rubens Pedro Cabral, e ao conselho reunido.





Caríssimos,


Na condição de fiel leigo, eu, João Victor Novacosque Silva, filho de Edilson Cesário da Silva e Teresa Cristina Novacosque de Lima, atuante nos movimentos pastorais da Igreja Católica Apostólica Romana, na Paróquia Santo Eugenio de Mazenod, Diocese de Campo Limpo, São Paulo, venho me apresentar à Congregação.

 Há algum tempo na igreja venho sentindo o chamado de Deus em meio as minhas orações. Sempre participei das atividades levado por minha mãe, porém trabalho como músico na paróquia há pelo menos quatro anos. Durante esse tempo tenho participado ativamente de todos os eventos paroquiais e convivido com o carisma de Santo Eugenio em muitos deles. Tenho um extremo apreço pelo amor aos desfavorecidos e a missão da congregação. Em meu coração há uma imensa vontade de vivê-los.

 Em uma das minhas buscas por animação vocacional encontrei um texto do Beato João Paulo II cujo gostaria de compartilhar um pequeno trecho que traduz perfeitamente em palavras meus sentimentos para com a vocação.



“Aquele coração jovem, movido pela graça de Deus sente desejos de maior generosidade, de mais entrega, de mais amor. Um mais que é muito próprio dos novos; porque um coração enamorado não calcula, não regateia, quer dar-se sem medida.”

 Por muito tempo venho esperando a oportunidade de discernir minha vocação. Sei que o Senhor me chama e que quero me entregar. Tenho como maior exemplo o de Maria, nossa santa mãe, que mesmo sem saber como a vontade de Deus aconteceria deu o seu sim, se entregou e aguardou a palavra se cumprir. Para que meu sim seja posto em prática, peço-lhes que me permitam viver a experiência na Casa de Missão, onde poderei vivenciar mais ainda o carisma da congregação e saber com clareza onde e como o Senhor me chama.

Encerro em uma citação de Eugenio que muito me inspirou a essa decisão.


 Que a Graça do Pai permaneça com todos.

Fraternalmente,

  
João Victor Novacosque Silva.

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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Calendário da Peregrinação da Cruz OMI pelo Brasil

Encontro Internacional das Juventudes OMI

 “Chamados a consagrar estes dois anos ao serviço das Juventudes OMI no Brasil e no mundo inteiro”.


Objetivo Geral: Preparar os jovens das comunidades OMI para o Encontro Internacional da JOMI.

Objetivos específicos:
1-       Conhecer o Carisma OMI;
2-      Aprofundar sobre a vida de Santo Eugênio de Mazenod;
3-      Estudar a história dos OMI no mundo;
4-      Fazer memória da história dos OMI no Brasil.
5-      Incentivar a oração pelo Encontro Mundial (Foi escolhida pelos jovens a oração vocacional OMI, a idéia é não criar algo novo, mas popularizar e criar o hábito de rezá-la no apostolado OMI).
Sugestões de atividades:
1-      Realizar visitas missionárias, sobretudo em ambientes juvenis como: Escolas, Prisões, Praças, Hospitais, Famílias, Comunidades, Grupos Sociais, Moradores de Ruas, Pastorais Específicas e outros.
2-      Promover momentos de estudos e orações a partir dos objetivos específicos;
3-      Incentivar a criatividade dos jovens para escrever, pintar, desenhar, fotografar, fazer músicas, teatros e vídeos sobre os OMI. A fim de maneira lúdica e juvenil conhecer a Congregação.
Gestos Concretos que se espera das atividades e do Encontro Internacional da JOMI
1-      Impulsionar a Juventude Missionária (a juventude Oblata é caracterizada por uma vida inspirada nos ideais de Santo Eugênio de Mazenod, plasmada no compromisso em Servir a Cristo e a sua Igreja missionária entre os pobres. Assim, sua particularidade oriunda do Carisma OMI é Ser na Igreja e no mundo um Missionário! atuando, sobretudo nos ambientes em que vivem seja eles: trabalho, escola, família, etc.
2-      Ampliar e fortalecer o Movimento de Leigos Associados aos OMI.
3-      Promover as vocações OMI.
4-      Abertura do Ano vocacional OMI na conclusão do Encontro Mundial.
5-      Abrir um Centro de Juventude Eugênio de Mazenod (CEJEM) – Para dinamizar a caminhada juvenil OMI, apoiar as pastorais das juventudes, oferecer formação e assessoria nas dimensões humana, espiritual, missionária e social. Possibilitar a título de voluntariado a possibilidade dos jovens dedicarem finais de semanas, férias ou um ano de sua vida como missionário.

Calendário de Peregrinação da Cruz OMI
1-      Paróquia Santo Eugênio de Mazenod - Diocese de Santo Amaro: 12 de fevereiro a 3 de Março de 2012.

2-      Paróquia Santo Eugênio de Mazenod – Diocese de Campo Limpo: 4 de Março a 29 de Abril de 2012.

3-      Palmeiral – Minas Gerais: 1 de Maio a 24 de Junho de 2012.

4-      Distrito Nordeste (Jordão de Baixo, Vitória de Santo Antão, Campo Alegre do Fidalgo, Barreiras): 25 de Junho a 20 de Agosto de 2012.

5-      Escola Maria Imaculada – São Paulo: 1 a 30 de Setembro de 2012.

6-      Manaus: 1 de outubro a 20 de dezembro de 2012.

7-      Belém, Itaituba e Óbidos: 2 de dezembro do ano de 2012 a 17 de Fevereiro de 2013.

8-      Goiás: 20 de Fevereiro a 20 de Maio de 2013.

9-      Favela de Vila Prudente – São Paulo: 25 de Maio a 25 de junho de 2013.

10-  Projeto social TABOR – São Paulo: 25 de junho a 10 de Julho de 2013.

11-   Chegada em Aparecida para o Encontro Mundial das Juventudes OMI.

Tema: Juventudes OMI, Ide e fazei discípulos entre toda as nações.(Mt 28, 19)
Data: 18 a 22 de julho de 2013
Local: Santuário Nacional de Aparecida - São Paulo
Jornada Mundial da Juventude
Tema: Ide e fazei discípulos entre toda as nações. (Mt 28, 19)
Data: 23 a 28 de Julho de 2013
Local: Rio de Janeiro
“A nossa colheita será abundante se a nossa resposta por generosa"

Sim! Eu sou feliz...


Comumente as pessoas que se aproximam me perguntam se sou feliz, sobretudo se não têm afinidades com a Igreja, me indagam como posso ser feliz sendo religioso e digo-lhes que sou, porque descobri a alegria de servir à Igreja missionária como Oblato de Maria Imaculada. Acredito que no coração de todo ser humano há uma busca profunda pelo sentido de ser e existir, que o atrai para algo mais, onde se encontra Deus, é ele o desejado e “desejante” que impulsiona a viver Com, Por e Nele.
A minha busca passou e passa pelas perguntas e inquietudes dos primeiros jovens apóstolos e das juventudes atuais: “Mestre onde moras? (Jo 1, 38-39). Esta é a pergunta que me inquietou a dar respostas à vocação ou seja ao chamado de Deus para minha vida. No dia seguinte, João aí estava de novo, com dois discípulos. Vendo Jesus que ia passando, apontou: “Eis aí o Cordeiro de Deus”.

Perguntando onde Jesus morava, precisei que alguém me apontasse com o seu testemunho de vida quem era Ele, de minha família recebi a fé, de meus padrinhos a participação na vida eclesial, das Religiosas Missionárias de Nossa Senhora das Dores em sua missão inserida e de Padre Ricardo meu pároco naquela época o despertar para missão na catequese, nos grupos de reflexão, no MAC movimento de adolescentes e crianças, na vivacidade das Comunidades Eclesiais de Base, na Pastoral da Juventude, nos leigos missionários e no engaja-mento social, muitas romarias, encontros, caminhadas, gritos dos excluídos tudo dinamizado também por leigos comprometidos, que tinham ardor em anunciar Jesus Cristo e seu Reinado denunciando toda estrutura de morte e opressão.

Ainda ecoa em minha mente o singelo e comprometedor: “Eu sou feliz é na comunidade...” Cantando testemunhei os mutirões para construir o centro comunitário, as escolas comunitárias, associações de agricultores, mulheres, cortadores de pedras e tantos outros organismos em prol da vida. Que bons tempos da Igreja Povo de Deus! Da fé e ação, do sonho e das lutas, da fraternidade, dos grandes investimentos na formação de lideranças, do cuidado das pessoas, das rebeldias juvenis, santos e santas missionárias (os) que nos suportaram, acreditando em nós. Tempo de infância e adolescência fui aos poucos compreendendo que tudo que era feito para indicar: “Eis o Cordeiro...”... “Ouvindo essas palavras, os dois discípulos seguiram a Jesus...”.

Neste ambiente missionário, senti-me atraído, interpelado para seguir mais de perto aquele há quem tanto me apontaram, queria viver semelhante àquele Padre e aquelas religiosas que cruzaram fronteiras para anunciar o reino de Deus. No processo de discernimento compreendi a presença do Senhor que outrora me perguntava: “o que é que você está procurando?”. Buscava compreender a inquietude de um chamado que me realizasse como pessoa e cristão. Estava no início de minha juventude e queria trabalhar em algo que pudesse unir fé e serviço, descobri minha vocação para educador, ingressei na faculdade e mais tarde estava lecionando para jovens de 5ª à 8ª série, bons tempos, que me renderam boas amizades, colegas de profissão e a confiança de estudantes que descobriram que o conhecimento só é valioso se está a serviço da transformação social.

Dois anos mais e estava na secretaria municipal de cultura, junto com outros jovens. Ousamos nas políticas públicas a serviço do bem comum e quanto bem colhemos, apesar das adversidades enfrentadas, descobrimos que o serviço público será eficaz na medida em que pessoas comprometidas com o povo estejam atuando nele. Todas essas experiências me deixaram marcas de gratidão a muitos que confiaram e fizeram seus, os nossos sonhos. Valeram os riscos.

Apesar de gostar e ser feliz com o que fazia, faltava algo em mim, que os meus medos não me permitiram experimentar. Neste caminhar havia conhecido os Missionários OMI através do Padre Wilmar que me orientou no processo de discernimento, cada encontro meu coração se enchia de vida e de sentido, amadureci na minha paixão pela missão e pela congregação e anos de discernimentos me levaram a optar pelo seguimento a Jesus Cristo no jeito de Santo Eugênio. Eles disseram: “Rabi (Mestre), onde moras?” Jesus respondeu: “venham, e vocês verão”.

Ingressei na Casa de Missão em Recife no ano de 2006, movido pelo desejo de saber onde o mestre morava. Com o auxilio dos formadores Pes. Wilmar e Arlindo fui iniciado na Vida Religiosa Oblata, a Favela de Borborema pertencente à paróquia administrada então pelo Padre Cássio, o primeiro chão para ver onde o mestre havia passado e marcado a vida dos animadores, deparei-me com a dura realidade do tráfico, do abandono de crianças, adolescentes e dos jovens cooptados pelas drogas e o álcool, esquecidos pelo governo. A presença OMI era sinal de Esperança, encontrei corações incendiados pelas palavras de esperanças do Salvador. “Vim para que todos tenham vida” e muitos deram vida para o viver de outros.
Iniciativas de leigos comprometidos, quanta força e fé para enfrentar sistemas e esquemas de opressão, aprendi a escutar, a partilhar comida, saberes e a vida com os últimos renegados pela sociedade, mas amados pelo mestre. Com eles descobrir que ser OMI é doar-se a serviço dos pobres na dialética missionária de se dar e receber. Confesso que não vi o mestre, mas escutei, rezei, celebramos, e vi os frutos da presença Oblata.
A busca continuava, fui ao noviciado em Paraguai, quantos desafios a serem enfrentados! Novo idioma, distintas mentalidades e a dura realidade daquele país, longe da família, dos amigos faltava o aconchego do Brasil, mas trasbordava a graça de Deus através dos gestos de acolhida dos paraguaios, aprendi a ser feliz com os indígenas, sem-terras, e os agricultores, deparei-me com minhas fragilidades, com minha pequenez diante de tão grande missão, e a pergunta: porque o mestre me trouxe aqui? No sol, na chuva ou na lama, dormíamos quase que esgotados de dias intensos de caminhadas, sem TV, rádio ou outro meio de comunicação. Alentava-nos o silencio da natureza exuberante que fascinava e dava medo. Animados pelo povo que nos formavam com suas vidas e testemunhos, professei os primeiros votos com a consciência de que não nascemos OMI, mas nos tornamos graças à ajuda de Deus e do testemunho de outros Oblatos que deixam marcas indeléveis de vidas consagradas para serviço da Igreja entre os pobres.
Voltando ao Brasil, fiz o curso de teologia na certeza de que é preciso aprofundar a fé, iluminando-a com a razão e razão com a fé, para compreender como o mestre havia transformado tantos corações que se uniram pela missão. Em São Paulo a busca do mestre em uma metrópole com seus arranha-céus, na lama da Favela de Ilhas das Cobras, agora Comunidade São Francisco de Assis. Com o testemunho e a partilha de muitos Oblatos a construção da Capela, os mutirões para desativar e retirar o lixão, as redes de esgotos com a participação de todos, a legalização da água, da luz, e as liturgias que ecoavam em nossas vidas, atualizando do Evangelho.
Graças às provocações do meu formador Padre Francisco Rubeaux, fui desafiado a mergulhar, inserir-me na realidade para encontrar o mestre, não vi o mestre, mas escutei seu clamor que dizia: “vai, diz aos jovens que se levantem e andem” e descobri que ir ao encontro dos jovens para servi-los, é servir ao mestre. Mas afinal, onde está o mestre? Não o vi em revelação, mas posso afirmar que passou na vida de muitos e convida a dilatar o reino de paz, justiça e amor, muitas vezes sufocado por poderes diabólicos e sistemas de morte. Precisamos do seu Amor para perseverar, e é possível seguir juntos como irmãos na caminhada missionária dos OMI anunciando o Reino de Deus.
Celebrei recentemente, na Paróquia Santo Eugênio, que hoje me abriga para o desenvolvimento pastoral, com profunda alegria, meu Diaconato, disposto a servir progredindo em direção ao Sacerdócio, reconhecendo que semelhante a Maria aos pés da Cruz, desejo expressar solidariedade aos crucificados de hoje, que escolhi como lema e concluir reafirmando: Por tudo isso: Sim eu sou feliz!!! De minha parte continuarei a buscá-lo, agora na partilha com os nossos Irmãos do Sul da África. Rezem por mim, aceitando a provocação que Ele faz também à sua vida!
Diácono Edicarlos Alves da Conceição, OMI